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A XP fechou a compra da Riza Capital, trazendo para dentro de casa um banqueiro experiente que fez carreira no Credit Suisse e BTG e acelerando a construção de sua franquia de M&A. 

Com a aquisição, Marco Gonçalves — o “Marcão” — será o head de M&A da XP.

O valor da transação não foi revelado. 

Toda a equipe da Riza — um total de seis sócios e dez funcionários — será absorvida pela XP, que também herdará todos os mandatos da boutique. (A Riza Asset, operação de gestão de recursos da Riza, não é parte da transação e continua sob o comando de Daniel Lemos). 

“Existe muita sinergia entre o M&A e os outros negócios da XP,” Marcão disse ao Brazil Journal. “A XP ajuda as empresas a levantar dinheiro via equity ou dívida, e o que as empresas vão fazer com esse dinheiro?”

Com o time de M&A fortalecido, a XP pretende cobrir todos os tamanhos de clientes, disse o chefe do banco de investimentos da XP, Pedro Mesquita, a quem Marcão vai se reportar. “Não vamos nos dedicar só às grandes transações.”  

Antes de fundar a Riza há três anos, Marcão foi head de M&A do Credit Suisse entre 2005 e 2009 e do BTG entre 2009 e 2017. 

Nos últimos anos, a Riza assessorou a Hapvida na compra do Grupo São Francisco; a Suzano Holding no contexto da aquisição da Fibria pela Suzano Papel e Celulose; e a Arco Educação na compra da Escola da Inteligência. 

A XP tem feito avanços importantes nas áreas de estruturação de dívida e emissão de ações, mas ainda não está entre os top ten quando se trata de M&A, onde a liderança dos rankings é disputada pela BR Partners e o BTG.

Depois de coordenar seu primeiro IPO em 2017, a XP deve terminar este ano entre os três principais bancos em termos do número de ofertas de ações (28, contra 35 do BTG e 33 do Itaú BBA). Na área de debt capital markets, a XP está em primeiro lugar no ranking de renda fixa e híbridos.