O Bradesco rebaixou a B3 de ‘compra’ para ‘neutro’, citando os volumes de negociação ainda fracos e o potencial aumento da concorrência.

Para o banco, a XP é uma forma melhor de se expor à retomada do mercado de capitais. 

O time liderado por Otavio Tanganelli reduziu seu preço-alvo para a B3 de R$ 18 para R$ 14, um upside potencial de 13% em relação ao preço de tela. 

“Preferimos nos expor ao setor pela XP em vez da B3, já que ela mostra uma melhor assimetria de risco-retorno com o potencial de revisões para cima dos lucros e de uma expansão de múltiplos,” escreveu. 

Para os analistas, pelo fato da XP ter uma margem EBT menor que a da B3 (de 25% em comparação a 67%), ela deve capturar um benefício muito maior quando as condições de mercado melhorarem.

“Estimamos que cada 1 ponto percentual de crescimento adicional do top line aumente o EBT da XP em 2,5% e 3,5%, e em apenas 1% a 1,5% na B3.”

Os analistas notam ainda que a XP e a B3 negociam a múltiplos parecidos, de 15x o lucro estimado para este ano.

Mas a XP tem um potencial muito maior de re-rating.”

Sobre o potencial aumento da concorrência — com o anúncio de que o Mubadala vai lançar uma nova Bolsa no Brasil — o Bradesco disse não esperar um impacto para os resultados da B3 no curto e médio prazo. 

“No entanto, o aumento da percepção de risco entre os analistas deve colocar um teto para um potencial re-rating da B3 nos próximos trimestres.”

A ação da B3 cai cerca de 2% no meio do pregão, num dia em que o Ibovespa cai 0,5%. 

A B3 vale R$ 68 bilhões na B3. 🙂