O Banco BR Partners acaba de anunciar um follow-on praticamente simbólico, de R$ 5 milhões.
A oferta, anunciada depois que o mercado fechou, parece ser uma tentativa de restabelecer a liquidez da ação depois que a B3 vetou a negociação de ofertas 476 (para investidores qualificados) por parte de investidores do varejo.
Na prática, o follow-on — estruturado como uma oferta 400, ou seja, direcionada ao varejo — colocará fim à vedação de negociações, permitindo que qualquer investidor possa comprar e vender o papel.
No fim de setembro, a determinação da Bolsa de que o varejo não poderia negociar os papéis afetou empresas como Vamos, Infracommerce e HBR Realty – todos IPOs sob a regra 476 – e aprofundou a queda nos papéis, que já sofriam em meio a uma correção de preços nos mercados globais.
Na época, a B3 disse que é a Instrução 476 — e não normas da bolsa — que estabelece que os IPOs com esforços restritos são direcionados exclusivamente a investidores profissionais no momento da oferta, e a investidores qualificados nos 18 meses seguintes de negociação no mercado secundário.
Em dezembro, pelo menos duas outras empresas afetadas disseram ao Brazil Journal que pretendem fazer pequenos follow-ons no início do ano para permitir que o varejo participe de suas bases acionárias.