18 de ago, 2025
Depois de entrevistar alguns dos principais stakeholders do setor de energia, Adriano Pires retorna com a segunda temporada de POWER — o principal videocast do setor no Brasil.
Num País continental repleto de gargalos operacionais e regulatórios, Adriano — uma das maiores referências no assunto — começa a temporada conversando com Ralph Rosenberg, um dos maiores alocadores de capital em infraestrutura do Brasil.
À frente da Perfin Infra desde 2007, Ralph investe em transmissão, térmicas, saneamento e startups. “Infraestrutura, diferente de outros investimentos, não aceita desaforo. Errou 5%, 10%… o retorno vai ser horroroso,” ele disse na entrevista.
Uma de suas apostas mais recentes é a VirtuGNL, a empresa que opera caminhões movidos a gás natural liquefeito — uma solução ainda incipiente no Brasil. “É mais barato que o diesel e tem menos emissões,” afirma. “Esse desafio não é simples, mas, funcionando, cria um mercado gigantesco para o gás nacional.”
Ao longo da conversa, Ralph comenta a MP 1300, a mais relevante alteração no setor elétrico em duas décadas. “Ela tem seus méritos, mas algumas coisas precisam ser ajustadas.” Já sobre a MP 1304, voltada ao gás natural, é mais cético: “Acho que o setor de gás vai demorar mais, infelizmente.”
Adriano também provoca o gestor sobre o avanço do biometano, mas Ralph adota cautela. “Ainda existe um gap entre o que os empreendedores querem e o que a gente, às vezes, precisa.” E completa: “A gente gosta de investir nas coisas depois que viu as besteiras acontecerem.”
Além de energia, Ralph comenta os investimentos da Perfin em saneamento, rodovias e portos — setores que, segundo ele, ganharão espaço nos próximos anos.
“Investir no Brasil é alugar um apartamento do governo. Você não é dono. E o dono é difícil de lidar.”
POWER, um videocast Brazil Journal, é um oferecimento de Âmbar Energia, Copa Energia, Cosan, Enel, Light, Grupo Ultra e Shell.
Quer receber conversas como essa antes de todo mundo? Siga o POWER no Spotify e compartilhe este episódio com quem também vive — e precisa entender — o mundo da energia e dos negócios.
