8 de nov, 2024
A transição energética atual tem características diferentes das que ocorreram no passado (por exemplo, do carvão por petróleo): num primeiro momento, gera mais custos e desafios tecnológicos. Além disso, acontece em meio a uma mudança climática. “Isso embola a discussão,” disse Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura no evento ESG Summit. Ele debateu o assunto com executivos da Cosan, BYD e Cedro Participações.
“A lógica econômica que motivou a transição para o carvão e depois para o petróleo não está presente agora,” afirmou Marcelo Araújo, diretor executivo do Grupo Ultra. Para, é preciso cuidado para “não gerar impacto elevado em que não pode pagar”. Ricardo Mussa, CEO da Cosan Investimentos, lembrou que o desafio da transição é enorme e que serão necessárias várias fontes alternativas para substituir o petróleo. “O petróleo é vencedor porque é denso em energia, disponível e barato. Para fazer a transição, não basta uma fonte só.”
José Carlos Martins, conselheiro da Cedro Participações, falou sobre o papel de mineração em reduzir as emissões de carbono. O ESG Summit foi promovido pelo Brazil Journal e aconteceu no último dia 5 em São Paulo. Reuniu grandes nomes do setor público e da iniciativa privada para discutir caminhos para um desenvolvimento sustentável. Os vídeos de todos os painéis estarão disponíveis no site do Brazil Journal.