Os dois maiores players da indústria de viagens do Brasil estão disputando a compra da B2W Viagens, o negócio de reservas online da B2W, controladora das Americanas.com e do Submarino.
O negócio está sendo vendido por entre 400 milhões e 500 milhões de reais.
A B2W Viagens fatura cerca de 600 milhões de reais por ano, e atua por meio das marcas Americanas Viagens, Shoptime Viagens, Milevo, Submarino Viajes e Submarino Viagens.
A CVC está sendo representada nas conversas pelo Itaú BBA. O Hotel Urbano, pelo BTG Pactual. Já a B2W é assessorada pela Goldman Sachs.
A disputa marca o início de uma tentativa de consolidação do mercado de agências de viagem online, hoje dominado pelo Hotel Urbano, Decolar.com, Booking.com, e pela própria B2W Viagens.
O CEO da CVC, Luiz Eduardo Falco, tenta comprar um concorrente importante e botar o pé num mercado que cresce a jato, mas no qual sua empresa tem uma participação tímida.
O canal de vendas online é o que mais cresce — de longe — no negócio da CVC. No segundo trimestre, que a empresa acaba de reportar, as reservas totais da CVC caíram 4,3% quando comparadas ao mesmo período do ano passado, enquanto as reservas confirmadas online subiram 47%.
“A compra de um player online seria um ‘game changer‘ [mudaria o jogo] para a CVC,” diz um gestor que acompanha a empresa. A CVC vale 1,9 bilhão de reais na Bolsa, vendeu 4 bilhões de reais em reservas em 2013, e teve uma receita líquida de 640 milhões de reais.
Já o Hotel Urbano, recém capitalizado pelos fundos de venture capital Tiger Global e Insight Venture Partners, tenta preservar sua liderança no mercado online. O site teve receita bruta de 500 milhões de reais no ano passado e foi avaliado, na última capitalização, em 450 milhões de dólares.
Na B2W, o negócio de reservas é visto como um ativo que pode ser melhor operado por empresas especializadas em viagens, que têm mais economias de escala na compra e venda de passagens e reservas de hotéis.