A Rede D’Or acaba de comprar 51% do Proncor, um dos maiores e mais tradicionais hospitais particulares de Campo Grande, numa transação que marca a entrada na companhia no Mato Grosso do Sul.
O Proncor tem 136 leitos e potencial de expansão para um prédio novo.
A Rede D’Or está avaliando o hospital a um valor de firma (ou seja, incluindo a dívida) de R$ 290 milhões, o que dá R$ 2,13 milhões/leito, sem considerar as sinergias e a expansão prevista.
Segundo a companhia, o hospital deve fazer um EBITDA de R$ 32,5 milhões em 2022, quando parte das sinergias devem estar incorporadas.
O hospital do Dr. Resala Elias Júnior é respeitado pela comunidade médica, atende diversos convênios, e fica próximo a um hospital da Unimed. Segundo a D’Or, deve se tornar o veículo de investimento da D’Or no estado do Mato Grosso do Sul.
No mesmo dia, o Grupo Santa, a maior rede hospitalar do Centro-Oeste e atualmente explorando alternativas estratégicas, disse ao Brazil Journal que formalizou uma proposta de parceria estratégica com a Unimed Campo Grande.
A proposta, que estaria sendo analisada pelo conselho da Unimed, incluiria a aquisição do hospital da Unimed na cidade bem como aquisições em conjunto de outros hospitais no Estado, segundo o comunicado do Santa. Qualquer transação, no entanto, pode tomar tempo: por estatuto, a Unimed precisa aprovar a venda de ativos em assembleia, o que envolve ouvir seus cerca de 2 mil cooperados.
Com a aquisição do Proncor, a empresa do Moll chega a 1.600 leitos adquiridos desde o arquivamento de seu pedido de IPO, em outubro de 2020.
Na média, a companhia tem pago um valor de firma de R$ 2,2 milhões por leito, comparado a uma expectativa do mercado de R$ 3 milhões por leito. Quase todas as aquisições têm incluído os imóveis, o que dá à empresa flexibilidade para levantar capital em cima destes ativos no futuro.
A Órama Investment Banking assessorou a Proncor.