O Grupo Santa — a maior rede hospitalar do Centro-Oeste — contratou o BTG Pactual para explorar alternativas estratégicas que podem incluir uma venda total ou parcial do grupo, no que pode ser um dos maiores M&As do ano no setor de saúde, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
A empresa pode valer algo entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, segundo fontes do setor, assumindo um EBITDA de R$ 700 milhões no ano que vem e um desconto de múltiplo em relação a Rede D’Or, o maior player da indústria, que negocia a 22x o EBITDA estimado para 2022.
O Grupo Santa tem cinco hospitais e dois centros radiológicos no Distrito Federal e no Mato Grosso. Sua jóia da coroa é o Hospital Santa Lúcia Sul, cuja ala VIP é conhecida por tratar membros dos Três Poderes.
Ao colocar a empresa no mercado, o médico e fundador José Leal terá que decidir se sua empresa quer ser alvo da intensa consolidação por que passa o setor — aceitando um cheque gordo de players como D’Or e Dasa — ou se será uma consolidadora, levantando capital junto a fundos de private equity.
Em 2012, Leal havia concordado em vender o grupo para Jorge Moll, mas mudou de ideia na última hora.
O Grupo Santa tem 1.200 leitos, enquanto, no Centro-Oeste, Rede D’Or e Dasa têm 600 leitos cada.