O Santander Brasil elevou sua recomendação para o Bradesco de ‘neutro’ para ‘compra’ — e agora enxerga o banco operando com um ROE de 17% na perpetuidade, em comparação aos 15% de antes.
Os analistas Henrique Navarro e Anahy Rios também aumentaram suas expectativas para o lucro líquido de 2025, em 9%, e o preço-alvo da ação de R$ 16 para R$ 19, um upside potencial de 26% em relação ao fechamento de ontem.
A ação sobe quase 4% no final da manhã para R$ 15,22.
Com os novos números, o Santander vê o Bradesco negociando a 0,9x book. O múltiplo-alvo é de 1,2x.
“Ainda que a gente continue acreditando que a era de ROE de 20% do Bradesco ficou para trás, os trimestres recentes indicam que a atual estrutura pode entregar um ROE de 15% em meados de 2025,” escreveram os analistas.
“Além disso, a implementação contínua do plano estratégico pode gerar um aumento extra de 200 basis points para esse ROE quando, e se, as economias de custos se tornarem mais relevantes ao longo de 2026.”
O Santander disse ainda que a principal razão para acreditar na recuperação do Bradesco é que o core business do negócio (os empréstimos) é o que tem impulsionado a expansão da receita, levando a melhoras sequenciais no ROE.
“Vemos o NII de clientes crescendo 15% em 2025, ano contra ano, com o Bradesco sendo mais agressivo onde ele vê um risco de crédito mais controlado/baixo, potencialmente resultando num crescimento de 25% no lucro por ação.”
Para 2026, o Santander vê uma expansão contínua do ROE por conta da alavancagem operacional, com sinergias das reduções de custo, já que as provisões para a maioria das demissões e fechamentos de agências já foram feitas.
Na visão do Santander, o custo de eficiência do Bradesco deve melhorar, saindo de 39% para 37% no início de 2027.