A XP iniciou hoje a cobertura de Petz com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 26, um upside de 35% em relação ao preço de tela.
A XP lembra que o share das grandes lojas de produtos pet ainda é pequeno no Brasil quando comparado com mercados maduros, e que o segmento de saúde tem uma penetração ínfima (os planos de saúde, por exemplo, atingem 0,2% da população pet brasileira em comparação a 25% no Reino Unido).
Como resultado, “uma das principais alavancas de crescimento da Petz é a expansão orgânica,” disseram os analistas.
A expectativa da XP é que a Petz chegue a 328 lojas em 2025, quase dobrando sua presença física, com foco em regiões fora do eixo Rio-São Paulo.
Há ainda algumas cerejas no bolo: a Zee.Dog, que a XP chamou de um ‘game changer’ para a Petz; a Seres, a divisão de saúde da Petz que pode adicionar R$ 1-2 ao valuation; e novos M&As.
“A Zee.Dog tem uma grande expertise em construir produtos inovadores, que é alavancada pela criatividade e estratégia de marketing assertiva,” disseram os analistas.
Segundo a XP, a estratégia seria buscar diferenciar os produtos de marca própria da Petz dos produtos mais ‘commoditizados’ oferecidos pelos concorrentes – o que poderia reposicionar o price point desses produtos.
“Para colocar o potencial em perspectiva, as marcas próprias da Petz respondem hoje por 3,5% das vendas, em comparação a 20% dos peers internacionais.”
Nas contas da XP, a Petz negocia a um preço/lucro de 42,5x para o ano que vem. Mas esse múltiplo cai para 39x quando incluído na conta o cenário-base que a XP tem para a Zee.Dog.
“A Petz negocia a um múltiplo alto, mas acreditamos que ele é merecido dadas as sólidas perspectivas de crescimento da empresa e as opcionalidades,” escreveram os analistas Danniela Elger, Thiago Suedt e Marcella Ungaretti.
A XP nota ainda que a Petz negocia a um PEG ratio – a divisão do P/L pelo CAGR dos últimos anos – de 1,3x-1,5x, um nível atrativo em comparação a outras empresas de alto crescimento.