A XP acaba de anunciar que Thiago Maffra será o novo CEO da companhia com responsabilidades “da porta para dentro”, enquanto Guilherme Benchimol se tornará executive chairman e seguirá responsável pela estratégia de M&A, o relacionamento com agentes autônomos e novos negócios. 

10861 73574dd6 c244 e7b2 5c8e 8d20d1077cadA decisão coloca um executivo de 36 anos, na XP há apenas seis, no topo da hierarquia, com um mandato de aprofundar a transformação digital da XP.

A mudança terá efeito em 12 de maio, quando a XP completa 20 anos.

“Como fundador e sócio majoritário da XP, tomei a decisão de dedicar a maior parte do meu tempo e da minha energia ao crescimento estratégico da Companhia e às nossas principais iniciativas de inovação, expansão, parcerias e aquisições, além do desenvolvimento contínuo da nossa cultura e do nosso time, nossos ativos mais importantes,” Benchimol afirmou numa carta interna distribuída há pouco.

O fundador da XP disse na carta que a escolha de Maffra “como a pessoa mais preparada para confiar a gestão do dia a dia da XP” foi uma decisão unânime da diretoria.

Depois de começar na XP como trader e operador de mesa, Maffra foi o responsável pela estruturação do negócio de RLP, que permite à corretora monetizar seu order flow, e da corretora de criptomoedas da XP, que fechou as portas no ano passado. 

11355 79124008 9abd cc94 8526 dde545ebf10dNo início de 2018, Maffra foi alçado ao posto de CTO, e de lá para cá expandiu o time de tecnologia de 150 para 1.500 pessoas. Recentemente, liderou o projeto de lançamento do cartão de crédito da XP, com um ‘go to market’ de menos de um ano. O próximo lançamento da corretora deve ser a conta digital. 

Maffra se formou em administração pelo Insper e fez MBA em Columbia. Antes da XP, trabalhou na corretora Souza Barros e na Bulltick, uma corretora sediada em Miami. 

“Está na hora de acelerar e migrar de um modelo no qual a tecnologia ‘serve o negócio’ para outro em que a tecnologia existe para ‘servir o cliente, de uma forma que funcione para o negócio’,” escreveu Benchimol.  “Esse desafio sugere um modelo colaborativo, no qual produto, design, operações e tecnologia passam a estar totalmente integrados, olhando a jornada do cliente do início ao fim.”