A morte em câmera lenta do jornal em papel continua.
O The Wall Street Journal decidiu acabar com suas edições impressas The Wall Street Journal Europe e The Wall Street Journal Asia.

A edição europeia deixa de circular hoje, e a asiática, daqui a uma semana.
Alguns mercados — como Tóquio — passarão a receber a edição norte-americana; outros não receberão nenhuma.
A mudança ocorre um ano depois da News Corp, a companhia de Rupert Murdoch que controla o Journal, lançar um projeto chamado WSJ 2020, que tenta reposicionar o jornal para plataformas digitais e mobile.
Os funcionários das edições descontinuadas foram realocados, e os repórteres e editores continuarão produzindo jornalismo para as várias plataformas.
Mas nos últimos anos, uma queda acentuada nas vendas no exterior e na receita de publicidade impressa — juntamente com o crescimento das assinaturas digitais — colocou as edições estrangeiras no vermelho, de acordo com o próprio Journal.
Em novembro do ano passado, respondendo à queda de receita publicitária no papel, o Journal foi forçado a emagrecer sua edição americana. Agora, três dias por semana, em vez dos três cadernos de sempre, o jornal circula com apenas dois. (Nestes dias, os cadernos ‘Business & Tech’ e ‘Money & Investing’ se fundem num caderno chamado ‘Business & Finance’.)
Naquele redesenho, o Journal também acabou com o caderno ‘Greater New York’, que Murdoch havia criado seis anos antes para tentar tirar leitores do The New York Times.
A redação global do Journal tem cerca de 1.300 repórteres, editores, fotógrafos, diagramadores e artistas gráficos.
Geraldo Samor