O WeWork acaba de anunciar Bruna Neves como sua nova diretora-geral para o Brasil.
Bruna começa na nova função nesta segunda-feira e substitui Felipe Rizzo, que estava no cargo há dois anos. A executiva se reportará a Claudia Woods, a CEO do WeWork para a América Latina.
Bruna entrou no WeWork em 2021 como vp de produtos e business development. Antes, trabalhou três anos no Uber junto com Claudia (quando esta era a CEO do aplicativo de mobilidade no Brasil) e outros oito no BTG como analista de private equity e na área de risco e compliance.
A executiva liderou toda a criação do Station, o marketplace de coworkings que o WeWork lançou no ano passado. Em agosto, o Station já respondia por cerca de 12% da receita – somando 30 mil assinantes e 500 espaços parceiros – e a expectativa é que até o fim do ano sua fatia na receita atinja 15%.
Claudia disse ao Brazil Journal que a mudança na liderança teve a ver com a necessidade de integrar os comandos do WeWork Brasil e do Station.
“Percebemos que não tinha mais a venda separada, do Station e do core business. As empresas querem contratar os dois serviços juntos,” disse a executiva.
Além disso, diz ela, ao ganhar relevância o Station passou a fazer parte da proposta de valor do negócio.
“É normal que a inovação nasça apartada. Mas vimos que agora temos mais a ganhar com as duas estruturas juntas do que separadas.”
Claudia trouxe Bruna para o WeWork justamente com o mandato de criar novas formas da companhia crescer.
“O WeWork é muito asset heavy, têm contratos de aluguel de longo prazo. Assumimos esse risco e nem sempre conseguimos repassar para os locatários,” disse Claudia. Por isso, “queríamos achar uma forma de crescer sem assumir esse risco.”
Segundo Claudia, a executiva alia dois atributos fundamentais: um background financeiro de seu trabalho no BTG, e uma experiência grande com produto, marketing e digital, de seus anos de Uber.
“Ela também é uma pessoa muito high energy, e que veste a camisa da empresa. Tem uma atitude de dono, que acho fundamental,” disse ela.
Com a promoção de Bruna, três dos cinco países que o WeWork opera na América Latina agora são liderados por mulheres. “Eu brinco que daqui a pouco vamos ter que separar vagas para homens e não para mulheres,” disse a executiva.