O Softbank deve assumir o controle do WeWork, injetando US$ 6,5 bilhões na rede de escritórios compartilhados e evitando a quebra da empresa depois de uma série de escândalos de governança e um IPO fracassado. 

Como parte do pacote de bailout, o Softbank está avaliando o WeWork em apenas US$ 8 bilhões menos de um quinto dos US$ 47 bilhões de valuation da empresa em sua última rodada privada e uma fração do valor no qual os bancos pretendiam vender a companhia no IPO. 


Há apenas um ano, o JP Morgan dizia ao fundador Adam Neumann que poderia encontrar compradores a um valuation superior a US$ 60 bilhões; a Goldman falava em mais de US$ 90 bi, e o Morgan Stanley, US$ 100 bi, segundo pessoas informadas sobre as propostas e citadas pelo NY Times.

Segundo o The Wall Street Journal, o martelo ainda não foi batido. 

O conselho do WeWork está avaliando outra proposta um pacote de dívida liderado pelo JP Morgan e bancado por investidores externos mas os termos do acordo seriam ainda mais caros que os oferecidos pelo Softbank. O JP Morgan é o terceiro maior acionista do WeWork, atrás do Softbank e do Benchmark Capital.


O pacote proposto pelo Softbank inclui um empréstimo de US$ 5 bi, além de um equity investment de US$ 1,5 bilhão, que estava previsto para o ano que vem e deve ser acelerado. Neste aporte, o Softbank compraria parte das ações de Neumann, reduzindo seu poder de voto e influência na empresa. 

Após o acordo, o Softbank ficaria com pelo menos 70% do capital do WeWork.

Com a injeção de capital, a troca no comando e a redução no tamanho da empresa, a expectativa é que o WeWork consiga recuperar suas finanças, tornar-se lucrativo e, eventualmente, tentar abrir o capital novamente. 

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