A News Corp., dona The Wall Street Journal, fechou um acordo com a OpenAI que dará à criadora do ChatGPT o direito de usar o conteúdo de seus veículos em seus serviços de inteligência artificial.
Além do WSJ, a News Corp. tem em seu portfólio a revista Barron’s, o site de negócios MarketWatch, e uma dezena de jornais, incluindo os britânicos The Times e The Sun e o New York Post.
As notícias e análises de todas essas publicações, incluindo seus arquivos, vão alimentar as respostas das ferramentas de IA da OpenAI.
Segundo o próprio WSJ, a receita para o grupo de mídia deverá ser da ordem de US$ 250 milhões ao longo de cinco anos. O valor inclui pagamento em dinheiro e créditos para o uso de serviços da OpenAI.
A OpenAI já havia selado contratos semelhantes de licenciamento de conteúdo com Financial Times, Le Monde e Associated Press, além de grupos de mídia como a Dotdash Meredith, que edita a revista People, e a Axel Springer, dona do Politico e do Business Insider. Outra parceria foi com a rede social Reddit.
Para as empresas de mídia, esses acordos significam um bem-vindo reforço de caixa. Já para a OpenAI eles representam uma redução de riscos legais por quebra de copyright.
O New York Times, por exemplo, vinha discutindo um acordo, mas as conversas não avançaram. O jornal abriu um processo contra a OpenAI acusando a startup de infringir direitos autorais ao empregar seu conteúdo no treinamento de seus modelos de inteligência artificial.
A startup também pode em breve enfrentar um processo movido pela atriz Scarlett Johansson. A OpenAI queria usar a voz de Johansson em sua nova ferramenta de conversa, a Sky.
Sem um acordo, a empresa acabou empregando uma voz sintética, que – surpresa! – lembra muito a da atriz. Johansson acionou seu advogado e pediu explicações. A OpenAI tirou o serviço do ar.