A VTEX protocolou hoje seu pedido de IPO na SEC, uma transação que dará saída parcial a alguns investidores e deve aumentar a visibilidade da plataforma de ecommerce frente a potenciais clientes corporativos.
A companhia — fundada há 21 anos no Rio de Janeiro por Geraldo Thomaz e Mariano Gomide — provê o software as a service (Saas) que está por trás de mais de 2.500 lojas onlines de marcas e varejistas.
O tamanho da oferta e o valuation ainda não foram definidos, mas uma fonte a par do assunto disse ao Brazil Journal que haverá uma tranche primária e secundária, e o total deve ficar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões.
Como o regulador americano tipicamente demora um mês para revisar os documentos, o protocolo na data de hoje sugere que a transação deve vir a mercado no final de julho ou início de agosto.
A VTEX está adotando a mesma estrutura de ações de empresas brasileiras listadas nos EUA, como XP e Stone. Nela, os fundadores ficam com as ações Class B, que tipicamente tem 10x mais poderes políticos do que as ações Class A, que são vendidas ao mercado.
A VTEX cresceu seu faturamento em 95% ano passado; antes da pandemia, o crescimento estava na casa de 40%. A companhia faz pouco mais de 50% de seu faturamento no Brasil, e quase todo o restante na América Latina. Apenas 6% das vendas vêm de fora da região.
O IPO é relativamente pequeno porque a companhia gera caixa e tem sido muito eficiente no uso de capital.
Desde sua fundação, a VTEX fez 3 rodadas primárias de capital. Na mais recente, em setembro passado, foi avaliada em US$ 1,7 bi (post money).
A empresa disse no protocolo que pretende se listar na Bolsa de Nova Iorque sob o símbolo “VTEX”.
Os coordenadores são JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America, Keybanc Corp, Morgan Stanley e Itaú.