A Viveo — a maior distribuidora de insumos médicos do Brasil — está preparando um follow-on de pelo menos R$ 750 milhões para reduzir sua alavancagem e ficar pronta para algum grande M&A, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
O anúncio da oferta é iminente.
A companhia mandatou o Itaú BBA (líder), BTG, Citi, UBS BB, Bradesco, Santander, Bank of America e Goldman Sachs.
A oferta-base será 100% primária, e seu tamanho pode ser aumentado marginalmente até o lançamento da oferta.
Há ainda a possibilidade de um hot issue secundário que dê saída a alguns cotistas de fundos administrados pela DNA Capital. Mas a família Bueno – o principal investidor da DNA – não é vendedora, segundo as fontes a par do assunto.
A DNA Capital tem 58% do capital da Viveo por meio de dois fundos, o Genoma I e o Genoma VI.
A Viveo vai usar os recursos para reforçar seu balanço e deixar a empresa pronta para um grande M&A. No final do primeiro tri, a companhia tinha uma alavancagem de 2,7x EBITDA. Com os recursos da oferta, essa alavancagem deve cair para 1,7x.
O follow-on é o primeiro da Viveo desde o IPO há dois anos, quando a companhia levantou R$ 700 milhões a R$ 19,92/ação e foi avaliada em R$ 5,5 bilhões.
De lá para cá, o papel subiu pouco mais de 11% e a empresa entregou resultados acima do esperado. A Viveo bateu o consenso do sellside em todos os trimestres pós-IPO, tanto em receita quanto em EBITDA.
Nos últimos cinco anos, a companhia entregou um crescimento orgânico de 15% ao ano – e de 40% ao ano quando se incluem as aquisições. O plano da empresa é manter ou acelerar esse ritmo nos próximos anos.
Desde o IPO, a Viveo fez 17 aquisições, desembolsando cerca de R$ 2 bilhões. O CEO Leonardo Byrro tem dito ao mercado que 2023 será um ano de integrações e de capturar as sinergias – e que projeta entregar sinergias de EBITDA de R$ 111 milhões entre este ano e o ano que vem.
O follow-on também deve ajudar na liquidez do papel. Hoje, a ação da Viveo negocia cerca de R$ 5 milhões por dia.