A Viveo está comprando duas empresas por um valor combinado de R$ 900 milhões, aumentando sua escala em medicamentos e no seu programa de suporte a pacientes.
A companhia — um ecossistema que fabrica e distribui produtos de saúde para hospitais, clínicas e farmácias — disse agora há pouco que está comprando a Profarma Specialty e a Cirúrgica Mafra.
Estas são as primeiras aquisições do CEO Leonardo Byrro depois do IPO no início do mês. As duas empresas têm uma receita anual combinada de R$ 1,8 bilhão.
A Profarma Specialty — uma unidade de negócios da Profarma, listada na Bolsa — é há mais de três anos 90% controlada pela AmerisourceBergen, a gigante americana de medical supplies.
A Profarma Specialty foca na distribuição de medicamentos para hospitais privados e está entre os cinco maiores players deste segmento.
A empresa tem cinco centros de distribuição espalhados pelo País e quatro farmácias de especialidades voltadas para delivery.
Além dos ganhos de escala, a aquisição complementa o negócio de vacinas da Viveo e agrega um ângulo importante de serviços: a Profarma Specialty faz a entrega de medicamentos e mantém um programa de suporte ao paciente (PSP) — essencialmente, o atendimento e monitoramento de pacientes que tomam medicamentos recorrentes.
A segunda aquisição — a Cirúrgica Mafra — tem quatro lojas físicas no interior de São Paulo e dois centros de distribuição para delivery. A empresa comercializa 12 mil SKUs de materiais clínico-hospitalares, medicamentos especiais, de nutrição, curativos, produtos ortopédicos, meias de compressão, dermocosméticos, e outros produtos não facilmente encontrados nas farmácias tradicionais.
Assim como a Profarma Specialty, a Mafra também tem um PSP.
Agora, a Viveo pretende juntar esses dois PSPs com o da Far.me — a startup de assinatura e entrega customizada de medicamentos em que a Viveo é investidora minoritária — e criar uma só marca de serviços ‘direct to patient’.
A Cirúrgica Mafra pertence à mesma família fundadora da Viveo, mas, depois do IPO, os Mafra ficaram com apenas 6% da companhia, não têm cadeira no conselho nem influência na gestão.
As transações estão sujeitas à aprovação do CADE.
O JP Morgan assessorou a AmerisourceBergen.