Com vendas em queda e lojas bagunçadas, a Target vai trocar seu management após uma década. Uma das prioridades do novo CEO, Michael Fiddelke, é recuperar a relevância da empresa no varejo de moda.

O primeiro passo será transformar sua unidade de 2.400 metros quadrados no SoHo, em NY, em uma loja conceito focada nos departamentos de estilo e beleza, segundo a Axios. A remodelação começa ainda este ano e deve servir de referência para outras lojas no futuro.

“[A loja] deve ser uma vitrine do melhor da marca, com estilo e design modernos,” Cara Sylvester, diretora de customer experience da Target, disse ao site. “A loja atual não entrega isso.”

No passado, a varejista chegou a ser apelidada de “tar-gê” — uma espécie de pronúncia francesa do nome — por vender produtos acessíveis mas de qualidade. Recentemente, no entanto, os clientes passaram a se queixar de que a empresa havia perdido sua identidade cultural, e as vendas recuaram.

Esta será apenas uma das batalhas que Fiddelke, um executivo da Target há 20 anos, terá pela frente quando assumir o posto de CEO em 1 de fevereiro do ano que vem. Brian Cornell, que ocupava a cadeira desde 2014, passará a chairman.

As vendas da Target recuaram 2% no segundo tri em relação ao mesmo período de 2024, com analistas indicando uma perda de competitividade da varejista em preços e em mix de produtos.

“Além disso, a Target enfrenta problemas como falta de estoque, longos tempos de espera nos caixas e lojas cada vez mais bagunçadas,” Neil Saunders, um analista da GlobalData, disse à Axios. “Tudo isso desestimula os clientes a comprarem na Target, especialmente em um período em que o consumidor está focado na relação custo-benefício e no tempo.”

A ação da Target recua 44% nos últimos 12 meses para US$ 87,05. A empresa vale US$ 40 bilhões na Bolsa.