Conheci Maria Clara no mesmo dia em que ela veio ao mundo — quatro meses antes de Julia, minha filha mais nova.

Filha de um grande amigo, ainda bebê Maria Clara foi diagnosticada com leucemia. 

Sempre achamos que essas coisas não vão acontecer com nossas famílias ou nossos melhores amigos. De repente, a realidade te dá um soco. 

Ficamos de mãos atadas, nos sentindo impotentes para ajudar. Só conseguimos rezar e transmitir carinho e amor. 

Para quem tem filho, passa aquele filme na cabeça: o tamanho imensurável dessa dor e da dificuldade desse momento, e as restrições que a doença e o tratamento impõem às famílias.

Mas dessa vez podemos ajudar. Alguns de nós, pelo menos.

Maria Clara precisa de um transplante de medula. Os irmãos já testaram e, infelizmente, são incompatíveis.  

O Brasil tem um cadastro nacional de doadores de medula e lá, se Deus quiser, encontraremos alguém cuja medula seja compatível com a da Maria e possa ser o herói para ela e sua família. (Afinal, os super-heróis de verdade não vestem capa.)

Esse banco de doadores é público. Quanto mais pessoas se cadastrarem, maiores as chances da Maria encontrar alguém e de outros pacientes também.

Este foi um ano difícil para todo o planeta. Perdemos amigos, parentes, conhecidos.

Talvez o ato de doar — de estar disposto a doar — possa nos servir a todos como uma espécie de redenção.

Ajude a aumentar o número de doadores, as chances da Maria e de milhares de outras pessoas que esperam um milagre de Natal.

Luis Gustavo Nogueira é analista de investimentos.

REDOME: Registro nacional de doadores voluntários de medula óssea

Locais para cadastro em São Paulo:


Hospital São Paulo de Ensino da Unifesp – Rua Doutor Diogo de Faria, 824, 1° andar, Vila Clementino


Hemocentro da Santa Casa de São Paulo – Rua Marquês de Itu, 579, laboratório 2° andar, Vila Buarque

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