O UBS BB elevou de ‘neutro’ para ‘compra’ as recomendações para a CCR e a Ecorodovias, de olho em um crescimento econômico (e da inflação) maior do que o previsto, assim como um tráfego nas rodovias acima das estimativas iniciais.
Os preços-alvos de CCR e Ecorodovias subiram para R$ 16,50 e R$ 12 (de R$ 16 e R$ 10, respectivamente). Com isso, a CCR tem um upside potencial de 20%, e a Ecorodovias, de 53% em relação ao preço de tela.
As ações da Ecorodovias e da CCR sobem 0,3% e 0,6%, respectivamente, no início da tarde de hoje.
As duas empresas apresentaram dados de tráfego mais altos que o estimado pelo banco no início do ano. Enquanto a Ecorodovias teve uma alta 4% acima das projeções iniciais do UBS BB, a CCR apresentou crescimento 3% acima das estimativas.
“O tráfego mais forte, aliado a novas tecnologias (como o free-flow), alocação eficiente de capital e reequilíbrios financeiros pendentes são os suportes para nossas atualizações de classificação,” escreveram os analistas liderados por Alberto Valerio. “Em nossa opinião, os mercados não estão precificando os benefícios associados às novas tecnologias.”
Os analistas do banco também disseram que um cenário de inflação mais alta, que deve manter a Selic elevada, pode resultar em uma busca por ativos mais resilientes na Bolsa – o que pode ajudar as duas empresas.
Outro gatilho para as ações pode vir dos novos leilões de rodovias, que devem ter TIRs mais atraentes.
O governo tem 14 projetos que devem ser leiloados até o segundo tri de 2025 – são 7 mil quilômetros de rodovia e cerca de R$ 85 bilhões em capex.
Mas o banco lembra que há limitações para as duas empresas, especialmente por causa da alavancagem.
“A participação das empresas nos próximos leilões pode ser limitada devido à alavancagem; no entanto, vemos oportunidades em ativos que apresentam forte desempenho de EBITDA desde o primeiro ano,” escreveram.
A ação da CCR sobe 6% nos últimos 12 meses e vale R$ 28 bilhões na Bolsa.
A Ecorodovias cai 1,5% no período e vale R$ 5,5 bilhões.