A Totvs e a B3 anunciaram uma joint venture para fornecer soluções tecnológicas para participantes do mercado.

A JV usará como base um negócio que a Totvs já tem, chamado TFS (Totvs Financial Services).
 
A B3 vai injetar R$ 600 milhões na TFS e passará a deter 37,5% da empresa, que continuará fazendo parte do grupo Totvs mas terá um novo management e autonomia.
 
A transação avalia em R$ 1,6 bilhão o equity da nova companhia, que nascerá com posição líquida de caixa de R$ 650 milhões.
 
A JV une o histórico da Totvs em desenvolver soluções para o mercado com a capilaridade da B3, que como provedora da infraestrutura básica do mercado tem acesso a todos os players.
 
Num mercado cada vez mais regulado, o chamado custo de observância para os participantes está cada vez maior, e players com menos escala — como pequenos bancos, gestoras de recursos e fintechs — muitas vezes não conseguem acompanhar as exigências de investimento em tecnologia. Esse desenvolvimento — tipicamente de ferramentas de middle e backoffice — é lento e custa caro.
 
É esse mercado que a TFS pretende atacar.  A empresa já tem um amplo portfólio de serviços, incluindo a maior plataforma para processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimentos do país, uma plataforma de core banking para processamento de produtos financeiros de pequenos e médios bancos, além de uma plataforma de processamento e gestão para administradoras de cartões private label.
 
A TFS teve receita líquida de R$140 milhões em 2020.
 
Agora com governança de empresa independente, ela deve ser capaz de aumentar seu portfólio de produtos, tanto organicamente quanto via M&As.
 
O CEO da TFS será Denis Piovezan, o ex-vice-presidente da Linx responsável pela criação e lançamento da Linx Pay Hub.