Ao que tudo indica, a Tarpon Investimentos executou seu programa de recompra de ações anunciado na segunda-feira à noite em menos de 48 horas.

A gestora — cujo maior investimento é a BRF — anunciou que recompraria 10% de suas ações em circulação — ou 1,699 milhão de ações — num prazo de 90 dias.

Ontem, a corretora Itaú, a única autorizada a fazer a recompra em nome da gestora, comprou 350 mil ações. Hoje de manhã, comprou mais 1,38 milhão de ações.

Na semana passada, a ação bateu no preço mais baixo desde 2010 — em linha com o que acontece com várias outras ‘small caps’ na Bovespa.

Um fundo internacional que estava vendendo a ação persistentemente há alguns dias parece ter sido “limpado” pela recompra.

A ação, que tem baixíssima liquidez, opera em alta de 6% nesta quarta à tarde, dando à Tarpon um valor de mercado de 334 milhões de reais.

Daqui em diante, é possível especular que duas coisas possam acontecer: ou a Tarpon fará mais recompras com o objetivo de fechar seu capital, ou, quando o cilma político melhorar e o Brasil se recuperar, revenderá as ações que está comprando agora em uma oferta secundária a preços mais altos, de forma a realizar um lucro e devolver liquidez à ação. Uma terceira opção: a Tarpon pode usar parte destas ações para pagar bônus a seus funcionários.