Ao contrário do consenso do mercado, a Squadra prevê que a eleição presidencial do ano que vem vai ser “calma”.
(Hedge: A gestora reconhece o alto grau de imprevisibilidade do tema e diz que a previsão deve ser vista mais como produto de um brainstorming do que uma projeção a partir da qual se possa “tomar decisões relevantes de investimento”.)
Diz a Squadra, na carta aos cotistas publicada hoje:
“A impressão atual é que a eleição de 2022 poderá ser uma das mais calmas que o país já observou nas últimas décadas, do ponto de vista de volatilidade dos mercados. Temos a sensação de que o candidato que desejar vencer … terá que adotar um discurso moderado para a economia (sem desprezar a chance de bravatas populistas em discursos mais emocionados). Entre outros motivos, a necessidade de atrair eleitores de centro deveria servir como grande incentivo nessa direção. Poderemos, assim, experimentar uma sensação de que o pós-eleição será uma espécie de ‘more of the same’. E, portanto, menos volatilidade que a habitual de períodos de eleição presidencial no Brasil. Ainda corremos o upside risk do surgimento de uma terceira via ‘de centro’.”
O mais relevante, diz a Squadra, é a sensação de que a “elite política” aprendeu qual é o limite da irresponsabilidade econômica.
“O Brasil ‘abandonou as drogas pesadas’. Isso garante a sobrevivência de nossa economia, porém geralmente se traduzindo em desempenho econômico medíocre. Ao mesmo tempo, tem nos permitido ficar de fora do grupo das grandes tragédias latino-americanas.”
Na carta de 14 páginas, a gestora fala ainda das dificuldades de analisar IPOs, em particular de empresas que possuem negócios intensivos em tecnologia, das razões para a manutenção do short em IRB, e dos ganhos que teve apostando na queda das ações de Vasta e Cogna.