Os dias do ócio remunerado estão chegando — and it could be good for business. 

A Microsoft Japão acaba de fazer um experimento: durante um mês, reduziu a jornada semanal de seus 2,3 mil funcionários para apenas quatro dias. 

O teste, conduzido em agosto, queria analisar os efeitos dessa mudança na produtividade e nos custos da empresa. 

Bottom line: a produtividade aumentou quase 40%, medida pelas vendas por funcionário, ao mesmo tempo em que os custos fixos despencaram. A eletricidade, por exemplo, caiu 23% no período, na comparação anual, enquanto os gastos com impressões de papéis caíram mais de 58%, segundo a CNBC.

Parte do aumento na produtividade foi atribuído pela Microsoft à redução no tempo das reuniões, que passaram a durar no máximo 30 minutos, e ao aumento das teleconferências remotas.  

O experimento foi bom para os negócios, mas também agradou o trabalhador: 92% dos funcionários disseram que gostaram de trabalhar apenas quatro dias por semana.

Reduzir a jornada semanal não é exatamente uma ideia nova. Em 1930, John Maynard Keynes especulou em seu texto “Economic Possibilities of Our Grandchildren” que chegaria um tempo em que teríamos turnos de 3 horas por dia ou de 15 horas de trabalho por semana. 

Em 2007, o empreendedor Timothy Ferris publicou “The 4-Hour Workweek”, livro que dava dicas de como trabalhar de forma mais inteligente e eficiente, ao invés de trabalhar duro e por muitas horas. O livro se tornou um best seller instantâneo. 

Recentemente, diversos estudos e experimentos têm surgido. Ano passado, a Perpetual Guardian, uma pequena empresa da Nova Zelândia, fez um teste semelhante ao da Microsoft e chegou nos mesmos resultados: houve um aumento na produtividade, uma redução no nível de stress e uma melhora da qualidade de vida dos funcionários, que conseguiram equilibrar melhor a vida profissional e pessoal. 

Richard Branson, o fundador da Virgin, também advoga com frequência pela semana de quatro dias — que, para ele, “é a chave para uma vida feliz”. 

Grande Richard…