A corrida para criar a mãe de todas as cervejarias já começou.
Temendo receber a qualquer momento uma oferta de compra por parte dos brasileiros que comandam a Anheuser-Busch InBev (ABI), a cervejaria sulafricana SABMiller nos últimos dias tentou comprar a concorrente Heineken, mas foi rechaçada pela família que controla a cervejaria holandesa.
A informação, divulgada com exclusividade pela Bloomberg, sugere que a SABMiller acredita que uma oferta de compra por parte da ABI é uma questão de tempo.
Comprar rivais e aumentar de tamanho é uma estratégia de defesa clássica para empresas que querem evitar ser vendidas: ao se fundir com a Heineken, a SABMiller ficaria ainda mais “cara” para a ABI. A maioria dos analistas considera a SABMiller o alvo mais complementar ao negócio da ABI , que é a controladora da Ambev no Brasil. Outros acham que a ABI deveria ir atrás da Coca-Cola .
Segundo a Bloomberg, a família Heineken rejeitou a oferta por não querer perder o controle sobre a empresa, que vale 44 bilhões de dólares na Bolsa.
O valor de mercado da ABI, controlada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, é de 179 bilhões de dólares. O da SABMiller, 90 bilhões de dólares.