A Stone acaba de comprar uma participação minoritária no Reclame AQUI, o site onde todo mundo já entrou para ver se uma loja é boa ou ruim, ou para reclamar de algum produto ou serviço.
A transação inclui uma tranche primária e uma secundária, dando saída à DGF, que comprou 22% da companhia numa rodada Série A em abril de 2018.
Os três acionistas do Reclame AQUI — Edu Neves, o CEO; Felipe Paniago, o CMO; e Diego Campos, o CTO — continuarão na operação. A Stone terá dois dos quatro assentos do board, mas o grupo de executivos elegerá o chairman.
O CEO Edu Neves disse ao Brazil Journal que a companhia conversou com investidores estratégicos e fundos de VC, mas optou pela parceria com a Stone dada a penetração que a companhia tem junto a PMEs e sua presença nas lojas físicas — particularmente depois da aquisição da Linx.
Com mais de 30 milhões de usuários e 500 mil empresas cadastradas em sua base, o Reclame AQUI monetiza essa audiência elaborando relatórios para as empresas sobre as reclamações e experiências dos clientes.
A companhia também oferece uma série de outras soluções, incluindo ferramentas usadas pelos atendentes de grandes companhias e ferramentas de interação instantânea, como um chat.
Um dos planos do Reclame AQUI é replicar no mundo físico a chamada ‘jornada de influência de marca’ que a empresa já disponibiliza para seus clientes do ecommerce.
Para isso, a Reclame AQUI planeja se integrar ao software das lojas físicas — como a Linx, que já atende 72 mil lojistas — permitindo que os clientes façam avaliações do atendimento assim que terminarem de fazer uma compra.
“Quando o cliente entrar num shopping, por exemplo, ele vai poder ver as boas lojas que tem ali, as promoções disponíveis e vai poder se beneficiar de descontos se escanear o QR Code no nosso app,” disse Edu.
Assim como todo o ecommerce, o Reclame AQUI se beneficiou da pandemia: a receita dobrou desde o ano passado e o EBITDA ultrapassou a casa dois dígitos (mais de R$ 10 mi), disse Edu.
O futuro da companhia pode incluir um IPO, mas “temos várias alternativas disponíveis a nós.”
Lazard assessorou a Reclame AQUI, que trabalhou com os escritórios NHM e KLA Advogados. A Stone não engajou assessores.