As configurações de riqueza acabam de ser atualizadas.
Uma pesquisa anual da corretora Charles Schwab junto a mil entrevistados mostra que a maioria dos americanos considera que, para ser rico, é preciso ter um patrimônio líquido de US$ 1,9 milhão (incluindo imóveis).
O valor é US$ 700 mil menos que na pesquisa anterior — respondida antes da pandemia e publicada no ano passado — quando o americano médio havia definido “riqueza” como um patrimônio de US$ 2,6 milhões.
Ou a pandemia fez as pessoas desapegarem mais do dinheiro — uma mudança filosófica — ou a queda no padrão de vida do americano fez com que ele ficasse feliz com menos.
A Schwab descobriu que, quanto mais novo o público, menores são as expectativas. Para os millennials (de 24 a 39 anos), o patrimônio necessário para ser “rico” é de US$ 1,4 milhão; para a Geração X (de 44 a 55 anos), US$ 1,9 milhão; e para os baby boomers (de 56 a 74 anos), US$ 2,5 milhões.
Mais da metade dos entrevistados disseram que foram impactados financeiramente pela covid: 20% disseram que perderam o emprego, e 26% tiveram reduções no salário.
Mesmo antes da pandemia, a maioria dos americanos estava longe da riqueza. Um estudo do Federal Reserve mostra que, em 2019, o patrimônio médio de uma família americana era de US$ 748.800. Mas a mediana — que exclui quem mora no trailer park e quem mora na Park Avenue, e representa melhor a classe média — era de US$ 121.700.
E, mesmo quem está chegando no US$ 1,9 mi que define “riqueza” ainda está longe do topo da pirâmide americana. Para estar no 1% mais rico da população, é preciso ter um patrimônio de mais de US$ 11 milhões, segundo dados do Fed.
