A Prio — anteriormente conhecida como PetroRio —  aumentou suas reservas 1P em mais de 100 milhões de barris, com as campanhas de perfuração da companhia dando resultados acima do esperado, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

As reservas totais 1P — aquelas cuja estimativa tem mais de 90% de probabilidade de acerto — subiram para 550 milhões de barris, um aumento de 27% sobre os 433 milhões de barris estimados um ano atrás.

No período, a empresa produziu 17 milhões de barris.

Os maiores aumentos aconteceram nos reservatórios ODP-4 e MUP-5, que ficam dentro do Campo de Frade e estão produzindo acima do projetado pela empresa. 

Com os aumentos, as reservas 1P do Campo de Frade mais que dobraram em um ano, passando de 60 milhões de barris para mais de 120 milhões. 

Nos próximos dias, a companhia deve anunciar também o término da campanha de perfuração do M5P-2, um poço que também fica dentro de Frade e que não entrou no relatório de reservas deste ano. Analistas estão estimando uma produção de 4 mil barris por dia para este poço. 

No relatório, a Prio também anunciou que seu capex para a extração de cada barril caiu de US$ 7,6 para US$ 5,5, por conta de um trabalho de otimização de custos que a empresa tem feito.

A redução no capex deve chamar a atenção do mercado dado que há duas semanas a PetroRecôncavo mostrou uma tendência oposta. Em seu relatório de reservas, divulgado em 14 de março, a companhia mostrou um aumento de 63% no capex de extração, que ela atribuiu às pressões inflacionárias do setor e a uma maior complexidade no portfólio de projetos. 

A Prio opera os campos de Polvo, Frade e Albacora Leste. 

A companhia vale R$ 28 bilhões na B3. O maior acionista é o empresário Nelson Tanure, cujos veículos têm 14,5% do capital.