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O poder da cópia, por José Scheinkman

12 de maio, 2024

Copiar o que dá certo pode ser uma etapa importante da inovação – e o Brasil é péssimo nisso, diz José Alexandre Scheinkman, um dos principais economistas do País. “Países que fizeram o catch up nos anos 50 e 60, como Finlândia e Itália, eram muito bons em copiar e melhorar. Tinham capital humano para copiar e inovar.”

“Nós temos dificuldade em aprender com o que dá certo, e também com o que dá errado”, completou Scheinkman, que é professor na Universidade de Columbia e emérito de Princeton, nos Estados Unidos. “Escolas no Ceará se dão muito melhor que escolas de outros estados. Mas ninguém copia.” Ao mesmo tempo, “vamos tentar de novo subsidiar a produção de automóveis no Brasil”.

Nascido no Rio de Janeiro, Scheinkman fez economia na UFRJ e mestrado em matemática no IMPA. É PhD em economia pela Universidade de Rochester, onde foi orientado por Lionel Mackenzie, um dos grandes economistas de meados do século passado. Em mais de 50 anos de vida acadêmica, fez inúmeras contribuições à ciência econômica, com pesquisas em temas como economia urbana, economia matemática, teoria dos oligopólios e bolhas financeiras.

Neste episódio, o economista fala sobre diferentes temas ligados a suas pesquisas e também sobre a oportunidade que o Brasil tem na área do clima. “Se reunirmos nossa capacidade de capturar carbono com reflorestamento e de gerar energia limpa, teríamos uma situação muito semelhante à vivida pela China nos anos 1980.” Ele se refere ao período em que o gigante asiático começou a abrir sua economia, aproveitando uma força de trabalho razoavelmente qualificada e barata para se transformar em uma potência na manufatura global.

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