9 de abr, 2025
Se, há dois anos, os carros elétricos eram apontados como um futuro óbvio para o setor automotivo, hoje a indústria tem dúvidas.
“A evolução não tem acontecido no ritmo que esperávamos,” diz Martín Galdeano, CEO da Ford na América do Sul.
A Ford pretende produzir mais carros híbridos e a combustão do que imaginava durante a pandemia. O “power of choice” é do cliente, afirma o executivo.
No Brasil, a Ford abandonou a fabricação de carros em 2021, quando anunciou que fecharia todas as suas fábricas no País.
A decisão foi tomada em razão de uma mudança estratégica da companhia globalmente: deixar de lado os carros populares para se concentrar em veículos de maior valor agregado. A produção no continente ficaria concentrada na Argentina.
Depois de ver a venda de veículos despencar por causa da mudança de estratégia, a Ford voltou a crescer. No ano passado, chegou a 48 mil veículos emplacados, alta de 70% em relação a 2023.
No exterior, a Ford vem liderando as discussões no setor contra as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. Para Galdeano, é preciso ter calma para entender os impactos, mas uma coisa é certa: “É muito difícil e ineficiente desglobalizar a produção automotiva.”