3 de out, 2023
O ex-governador João Doria acredita que só há um político com condições para pacificar o Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sua opinião, o petista tem tempo, experiência e “cabelos brancos” para tirar o Brasil da extrema polarização em que se encontra.
Nesta entrevista ao Brazil Journal, Doria diz que o encontro que Lula teve com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um gesto de “grandeza” e um sinal de que o presidente pode ser o “agente pacificador” da política.
Doria faz elogios ao governo Lula em três áreas – economia, política externa e meio ambiente -, exalta o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reitera que no passado fez críticas “inadequadas e impróprias” ao presidente.
O ex-governador não esconde sua decepção com o PSDB, partido ao qual foi filiado por décadas. Afirma que sua pré-candidatura à Presidência, definida pelos militantes da legenda por meio de eleição primária, foi “cassada” pela cúpula. “Lamento dizer, mas foi isso mesmo.”
Depois de viver seis anos eletrizantes na política como prefeito de São Paulo e depois governador do Estado, eleito sempre contra a vontade de dirigentes de seu ex-partido, Doria assegura que não disputará mais cargos eletivos. Com isso, contraria a máxima do ex-presidente José Sarney, segundo a qual, na política só há porta de entrada.
“Não me arrependo de estar fora da política”, diz ele.
