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Jakurski sobre Brasil: “Não espero uma crise grave num futuro visível”

25 de nov, 2022

André Jakurski, fundador da gestora JGP e um dos maiores investidores do país, está pessimista com o Brasil no médio prazo. Para ele, faltam fundamentos — como poupança, investimento e, mais recentemente, uma demografia favorável — que permitam que a economia cresça de forma sustentada. “Só posso rir” de quem espera uma expansão de 4-5% para o PIB brasileiro, diz ele.

No curto prazo, porém, Jakurski não vê motivos para pânico porque os números “não são tão ruins assim”. Ele acredita que a dívida interna é financiável, e cita o baixo endividamento externo e as elevadas reservas internacionais como fatores positivos. “Nada a temer num horizonte de um a dois anos”, afirma. “A preocupação é o que vai ser feito ao longo do tempo.”

No exterior, Jakurski vê um comportamento “ilógico” na Bolsa americana. O fluxo de recursos para o mercado de ações num momento de dúvidas sobre o futuro da economia não faz sentido, diz. Para ele, a atuação dos Bancos Centrais daqui para a frente é uma incógnita. “Os BCs estão corajosos porque a economia não começou a afundar”. Quando começar, “as pressões políticas serão enormes”.

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