7 de out, 2025
Acesso à internet, botijões de gás, cigarros contrabandeados, pães e até gelo: a venda de produtos e serviços é o que traz grande parte da receita hoje para o crime organizado no Brasil.
“As facções estão sobrevivendo e avançando hoje sem depender da cocaína e da maconha,” Rodrigo Pimentel, o ex-capitão do Bope e roteirista do filme Tropa de Elite, disse no evento Follow the Money, promovido pelo Brazil Journal. “Apreender drogas é importante, mas só resolve parte do problema.”
Estima-se que as drogas respondam apenas por 10% da receita do crime organizado. Enquanto a cocaína e a maconha movimentam cerca de R$ 15 bilhões por ano, apenas o cigarro contrabandeado gera uma receita de R$ 10 bilhões.
Para Pimentel, a expansão da economia da bandidagem depende do “domínio territorial”, o que leva a um aumento da sensação de insegurança, apesar da queda da taxa de homicídios no Brasil.
“No Rio de Janeiro, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes é a menor em 35 anos, mas a sensação do carioca é de que a vida dele é um inferno.”
O Follow the Money aconteceu no último dia 1 em São Paulo e teve o patrocínio do ICL, da Copa Energia e do Grupo Ultra. Os vídeos de todos os painéis estão disponíveis no site do Brazil Journal.