20 de maio, 2025
A regulação que atrapalha, o Estado ineficiente, o custo do capital nas alturas. Não são poucas as barreiras que o capital privado encontra para investir no Brasil. Mas o País também se encontra num momento perigoso, que exige autocrítica.
“Existem duas economias no País: a dos que cumprem a lei e a dos que não cumprem a lei. E essa economia dos que não cumprem a lei, que não sofre com as travas e os problemas, cresce vorazmente,” disse Marcos Lutz, chairman da Ultrapar, no evento “Brasil: 2026 é logo ali”, promovido pelo Brazil Journal e o PlatôBR durante a Brazil Week em Nova York.
Em um debate sobre a economia do País às vésperas de mais um ciclo eleitoral, além de Lutz, participaram Rubens Ometto Silveira Mello, controlador da Cosan, e Daniel Goldberg, fundador da Lumina Capital Management.
“Nossos legisladores têm a responsabilidade de criar leis que funcionam. Não se pode criar leis que são muito amarradas. Tudo que tem muitas regrinhas é um convite para quem não obedece querer levar vantagem,” disse Ometto.
Goldberg apontou as anomalias que um regramento engessado gera. “Existe um capital que empreende no Brasil apesar do Estado e finge que a regulação não existe. Vai explicar para o investidor estrangeiro qual é a lei que pega e a que não pega?”
O evento “Brasil: 2026 é logo ali” aconteceu no dia 14 de maio em Nova York e teve mais dois painéis, além de uma palestra de abertura com o Nobel de economia Paul Krugman, em que ele discutiu os impactos das medidas adotadas pelo governo Trump. Os vídeos de todos os painéis serão publicados nos próximos dias.
