15 de fev, 2024
Por que as marcas investem tempo e dinheiro para mudar logotipos, cores e fontes? No ano passado, marcas como Itaú, Johnson & Johnson, Pepsi, Twitter e Sadia passaram por repaginadas relevantes.
Ana Couto, uma das maiores especialistas no assunto, lembra aos CEOs que branding não é só mudar logo, mas é ter uma coerência entre o que a marca é, o que ela faz e o que ela fala. No cenário mundial, as marcas brasileiras ainda não conseguem se destacar. Entre as 100 marcas mais valiosas do mundo, nenhuma é brasileira.
Erico Braga, hoje da FCB Health, mas que até pouco tempo era diretor de arte da Africa, explica que mudanças que podem parecer sutis no design de uma marca podem ter um impacto imenso no negócio. No processo de renovação das embalagens da Sadia, do qual ele participou, reforçar o amarelo das embalagens efetivamente fez crescer o volume de vendas dos produtos.
Já mudanças drásticas como as promovidas pela Johnson & Johnson ou Twitter (que trocou até de nome) criam buzz e polêmica nas redes, mas podem sim vir acompanhadas de uma estratégia.
Luis Bartolomei, da CBA B+G, conta que criar uma marca com letra serifa foi a estratégia institucional da Johnson & Johnson para se colocar como uma empresa mais inovadora para seus stakeholders, mas na ponta final não deve abandonar o logo com a letra cursiva que se conecta emocionalmente com gerações de consumidores.
A troca de marca do Twitter, apesar da forma controversa que Elon Musk conduziu o processo, também foi feita no intuito de revolucionar o modelo de negócios da rede social, que não se sustentava.