21 de nov, 2024
O Bradesco calcula que a carteira de crédito no País pode crescer R$ 3 trilhões no período entre 2023 e 2028. O CEO Marcelo Noronha prevê que o banco pode abocanhar pelo menos 15% dessa fatia. “Isso pode gerar uma receita bruta adicional de até R$ 45 bilhões, dependendo do mix. E de quanto foi essa receita em 2023? De cerca de R$ 65 bilhões. É um mercado com muito potencial,” disse durante o CEO Forum, evento promovido pelo Bradesco BBI em Nova York nesta semana.
Mas o plano é continuar conservador ao conceder crédito e se concentrar em linhas com baixo risco – e baixo retorno. Ele não prevê uma data para esse conservadorismo acabar.
O desafio é fazer o ROE, que está em 12,4%, superar o custo de capital. Essa é a meta, diz Noronha, “mas não dou data nem hora para acontecer”. “Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando.”
As ações do Bradesco caíram 11,4% em 12 meses – desde quando Noronha assumiu o cargo –, enquanto o Ibovespa subiu 1,8%. “O mercado é muito imediatista. Nós entregamos melhoras nos resultados trimestre após trimestre.”
