2 de jul, 2024
Após anos de tentativas (e muitos gastos) para ser uma espécie de Amazon no Brasil, a Casas Bahia definiu que o melhor caminho é ser uma “Best Buy brasileira” – ou seja, uma varejista especializada em produtos de maior valor, como eletroeletrônicos e móveis.
“Durante a pandemia, com os juros baixos e muito dinheiro de venture capital, todo mundo foi estimulado a ser uma plataforma generalista,” disse o CEO Renato Franklin, que acaba de completar um ano no cargo. “Isso demandou muito capital. Revimos a estratégia e o legado que quero trazer é o da disciplina de alocação de capital.”
O executivo afirma ainda que a empresa perdeu credibilidade porque foi inconsistente na entrega dos planos que apresentou. A ação acumula queda de 89% nos últimos 12 meses e de 99% desde o pico alcançado em outubro de 2020. Atualmente, a Casas Bahia vale R$ 494 milhões na B3.
Após a aprovação do processo de recuperação extrajudicial e um grande programa de reestruturação, Franklin acredita que a companhia voltará a crescer em 2025 – tanto em vendas quanto em número de lojas – e até cogita um retorno ao azul no ano que vem. As prioridades agora são foco, disciplina de execução e agilidade, afirma ele.