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Carlos Nobre e o ano mais quente da história

23 de set, 2023

O ano de 2023 deve ser o mais quente desde 1850, quando muitos países começaram a ter estações meteorológicas e registrar os dados climáticos. O recorde é mais um alerta do climatologista Carlos Nobre sobre as rápidas transformações que o planeta vem sofrendo em função das mudanças climáticas.

Conselheiro do BNDES, pesquisador da USP e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia, Nobre é o mais renomado cientista brasileiro na pesquisa das mudanças climáticas e uma referência internacional no estudo da floresta tropical. 

“Se o desmatamento passar de 25% da floresta e o aquecimento do planeta subir 2,5 graus, essa combinação sinergística levaria a passar do ponto de não retorno, fazendo com que entre 50% a 70% da floresta desapareça entre 30 e 50 anos.”

Os dados são alarmantes, mas o cientista também tem esperança que o Brasil vai conseguir cumprir as metas do país no Acordo de Paris, que são reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050. 

Esta entrevista foi gravada num oásis verde em São José dos Campos, interior de São Paulo: a Residência Olivo Gomes, uma casa modernista projetada pelo arquiteto Rino Levi e com paisagismo de Burle Marx, que fica dentro do Parque da Cidade.

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