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Ainda dá para reverter a crise climática. E o mercado pode ajudar

11 de nov, 2024

O cientista Eduardo Assad estuda as mudanças climáticas há mais de 20 anos e, junto com outros pesquisadores, foi considerado um dos “cavaleiros do Apocalipse” ao fazer os primeiros alertas sobre os riscos do aquecimento global.

“Estamos às portas do Apocalipse. É motivo de desespero? Não, temos condições de reverter essa situação. Só não estamos fazendo na velocidade necessária,” disse Assad, pesquisador da FGV Agro, durante o ESG Summit, evento promovido pelo Brazil Journal.

Assad e Luciana Ribeiro, sócia da eB Capital, participaram do painel que debateu os riscos climáticos, seus impactos e as soluções que governos e iniciativa privada têm oferecido para reverter a crise. 

“Para implementar uma economia de carbono zero até 2050, precisamos de US$ 150 trilhões. Só no Brasil serão necessários US$ 5 trilhões. É muito dinheiro,” disse Ribeiro. “Mas não serão os governos que vão fazer todo esse investimento. 80% virá do capital privado.”

No debate, ambos enfatizaram o papel fundamental que o Brasil pode ter na criação de soluções para a crise do clima. De acordo com Assad, o País tem condições de ser a nação que mais irá remover CO2 da atmosfera. 

“Precisamos entender o tamanho da oportunidade para o Brasil. A gente fala muito da descarbonização da nossa economia, mas tem uma oportunidade maior que essa. O País pode ser um centro de soluções para a descarbonização do restante do globo,” disse Ribeiro.

O evento ESG Summit aconteceu no último dia 5, em São Paulo, e reuniu grandes nomes do setor público e privado para debater temas como transição energética e financiamento climático. Os vídeos de todos os painéis estão no site do Brazil Journal.

 

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