20 de fev, 2024
O Agibank acaba de reportar o melhor trimestre de sua história. O banco, especializado em crédito consignado para clientes de baixa renda, lucrou R$ 145,5 milhões no quarto tri, 390% mais que no trimestre anterior. O ROE chegou a 33,8% No ano, o lucro aumentou 326%, para R$ 430,1 milhões.
A inadimplência caiu na comparação anual, mas se manteve estável trimestre a trimestre, em 5,5%. Para Marciano Testa, fundador e presidente do conselho de administração, o banco chegou a um “platô” nessa linha. Ainda assim, vê espaço para aumentar a exposição a segmentos mais arriscados, como o crédito consignado no mercado privado, apostando em segmentação. “Temos cautela e não operamos no mar aberto”, diz.
O Agibank planeja abrir 100 lojas esse ano, alcançando 1.000 unidades, e chegar até 2.000 em 2030 – mesmo em um momento em que os incumbentes fecham agências e as outras fintechs passam longe dos pontos físicos. Segundo Testa, os fechamentos têm deixado os consumidores “órfãos”. “Atendemos clientes que não estão se sentindo representados nem pelos grandes bancos e nem pelos neobanks.”
Em 2018, o banco tentou um IPO, mas o mercado não ajudou. Dois anos depois, levantou R$ 400 milhões com a Vinci Partners. Agora, diz Testa, não há urgência para novas captações – segundo ele, o atual plano de expansão não depende de uma nova injeção de recursos.