6 de out, 2023
O setor de saúde suplementar sonha com uma jornada de interoperabilidade entre as empresas, em que os médicos teriam acesso a informações importantes dos pacientes e até a resultados de exames, algo que ajudaria a tornar o mercado mais eficiente.
Na prática, o que acontece hoje é que hospitais, laboratórios e operadoras sequer dividem informações básicas, como nome e endereço dos pacientes. Esse compartilhamento já existe no SUS.
“Falta sistema para a saúde suplementar,” disse Daniel Greca, diretor de saúde populacional do Hospital Sírio Libanês, durante o evento Negócio em Saúde, promovido pelo Brazil Journal no dia 3 de outubro.
“O setor discute o telhado antes de pensar na base da casa,” disse Ítalo Martins, CEO e fundador da startup Fiibo, que participou do mesmo painel.
A falta de planejamento com os futuros médicos também preocupa. Em 2030, o Brasil deve ultrapassar o número de 1 milhão de médicos formados, o dobro do número atual. Ainda assim, há déficit de profissionais em algumas áreas, como geriatria. O país tem 1.800 médicos formados na especialidade. Mas, com o envelhecimento da população, estima-se um déficit de 28 mil geriatras.
“Ninguém planejou o que vamos fazer com esse um milhão de médicos,” disse José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina.
Os demais painéis contaram com a participação de Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, Renato Casarotti, vice-presidente da United Health Brasil e presidente da Abramge, Jeane Tsutsui, CEO do Fleury, Leandro Tavares, vice-presidente médico da Rede D’Or e Patriciana Rodrigues, presidente do conselho de administração da Pague Menos.
Você também pode ver outro painel na íntegra clicando aqui. Assim como a palestra de Stefan Larsson, consultor do BCG e autor do livro The Patient Priority.