9815 9f429d65 db63 02d7 0000 2e210eb4b0e6

Cresceram nas últimas horas as chances de que a Odebrecht peça recuperação judicial (RJ).

A ideia, neste momento, é que todas as empresas do grupo peçam a RJ, com exceção da Braskem.

Nas últimas semanas, o grupo tem consultado alguns dos maiores e mais importantes escritórios de advocacia do País para assessorá-lo no assunto.

A decisão sugere que o conglomerado não teve sucesso em sua tentativa de renegociação com os bancos.  Uma fonte próxima ao assunto disse que as conversas com Emilio Odebrecht têm sido marcadas por uma “enorme dificuldade dele em aceitar a realidade decorrente dos fatos da Lava Jato”.

Como parte da negociação, os bancos pediram como garantia todos os principais ativos líquidos do grupo, e receberam como resposta um sonoro e retumbante ‘não’. Os bancos também exigiram a imediata venda destes ativos para a redução dos passivos do grupo, o que também encontrou resistência por parte de Odebrecht dado o cenário profundamente adverso para o grupo neste momento.
“Os bancos pediram demais, e ele não se mostrou disposto a dar, inclusive por conta de ser quem é, ou de achar que ainda é quem era,” diz esta fonte.

A dívida consolidada do grupo é de cerca de R$ 100 bilhões. Estima-se que cerca de 35% do total estão nas mãos dos bancos brasileiros.

 
Atualização às 15:45: Por meio de sua assessoria, o grupo Odebrecht solicita a publicação da seguinte nota:  

“São totalmente falsas as especulações em torno de uma suposta recuperação judicial da Odebrecht. A empresa não trabalha com essa alternativa. O diálogo com os bancos segue de forma positiva. Prova disso é a recente reestruturação financeira da Odebrecht Agroindustrial, que envolveu aporte de dinheiro novo, e a captação da Odebrecht Transport. O programa de venda de ativos também já vem dando resultado, com operações já fechadas (como, por exemplo, Rutas de Lima) e outras em fase final de negociação.”