Pergunta lá no posto Ipiranga quem é o maior apoiador das ações da Ultrapar, e a resposta será: a corretora Brasil Plural.
A corretora é, disparado, a maior compradora do papel em 2015. Desde o início do ano, ela já comprou 800 milhões de reais de ações da Ultrapar — controladora dos postos Ipiranga — em termos líquidos (compras menos vendas). Isso são oito vezes mais que o segundo maior comprador líquido, a corretora Ágora.
De lá para cá, o preço da ação saiu de 50 reais para os atuais 73: uma alta de 42,3% neste ano, comparado a 10,2% de ganho no Ibovespa.
É verdade que o CEO da gestora de recursos do Banco Brasil Plural, Carlos Eduardo ‘Duda’ Rocha, não esconde de ninguém há anos o seu otimismo em relação à empresa, que negocia a 27,9 vezes o lucro estimado para este ano e 12,5 vezes seu EBITDA. (Outra cash cow, a Ambev, negocia a 21,8 vezes lucro e 14,2 vezes EBITDA.)
Mas nem o maior dos bulls talvez seja capaz de explicar o gráfico abaixo, que mostra como a Brasil Plural descolou das outras corretoras na compra do papel.
Uma fonte disse que o movimento é resultado de um fluxo diversificado de clientes, principalmente investidores internacionais.
