André Maciel, um dos três investment magaging partners do Softbank Latin America, está deixando o grupo japonês para montar seu próprio fundo de early-stage.
A Volpe Capital vai investir tickets de cerca de US$ 5 milhões — oportunidades pequenas demais para o Softbank — e também pretende dar liquidez a executivos de startups por meio de ofertas secundárias, uma tática usada com sucesso por nomes como o Tiger e a Dragoneer.
A Volpe deve fazer um first closing de US$ 50 milhões entre o final deste ano e o início de 2021. Boa parte do funding já está assegurado.
Tanto o Softbank quanto executivos do Softbank — Marcelo Claure, Paulo Passoni e Shu Nyata — devem ser investidores-âncoras do novo projeto.
O time de general partners está sendo formado e deve incluir operadores — pessoas que já passaram por startups — e outros investidores.
No Softbank, onde estava há dois anos, André foi o sócio responsável pelos investimentos na Frubana (uma empresa colombiana que conecta o produtor agrícola com restaurantes), Gympass e Banco Inter.
André continuará no conselho do Inter, mas como membro independente. O Softbank vai nomear outra pessoa para sua vaga.
André — que passou 17 anos entre o private equity e o investment bank do JP Morgan antes de se juntar ao Softbank — disse ao Brazil Journal que pretende tornar a Volpe uma casa de referência para o empreendedor.
Quando tiver mais escala, a Volpe pretende emular a Openview, uma gestora de early stage da Califórnia que tem dentro de casa desenvolvedores, gente de negócios e especialistas em RH para apoiar suas investidas. Outro benchmark é a Hillhouse, do empreendedor chinês Lei Zhang, que cresceu exponencialmente depois de investir na Tencent.
O mercado de early stage é disputado no Brasil por gestoras como Redpoint, Monashees, Kaszek e Valor. O Softbank é um dos maiores LPs em várias delas, o que deu a André uma visão privilegiada do ecossistema.
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