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A Light, que reportará resultados do segundo trimestre na quarta-feira, vai mostrar uma geração de caixa dramaticamente menor em meio à contínua alta da inadimplência e aumento das perdas de energia.
 
No ano passado, a Light teve uma geração de caixa (EBITDA) em sua área de distribuição de R$ 800 milhões.
 
No segundo trimestre deste ano, este número ficou próximo de R$ 40 milhões.
 
O número trimestral não pode ser anualizado porque no Rio de Janeiro, área de concessão da Light, o primeiro e o quarto trimestres do ano são sazonalmente mais fortes, já que o consumo de energia dispara durante os meses mais quentes.
 
Ainda assim, o balanço vai ilustrar um momento particularmente difícil para a empresa, principalmente dada a situação dramática das finanças do Estado do Rio.  Boa parte da inadimplência da Light vem do setor público.
 
Esta manhã, o Itaú BBA recomendou a compra das ações da Light, descrevendo a empresa como um alvo de aquisição barato (taxa interna de retorno real de 12,6%), que pode atrair interessados como a Enel (italiana que controla a Ampla, cuja concessão é contígua à da Light), a State Grid e a Equatorial.  O analista Pedro Manfredini reconheceu, no entanto, que as perspectivas operacionais e financeiras da Light “vão ficar pior antes de melhorar.”
 
A recomendação de compra não foi suficiente; a Light cai 2,6% a pouco mais de uma hora do fechamento do pregão.
 
No mês passado, o Brazil Journal reportou que a Equatorial já fez uma oferta pela Light.