A ação cai 13% no pre-market, batendo uma nova mínima histórica.
Nos seis primeiros meses do ano, o lucro operacional contraiu 54,6% na comparação ano contra ano, derrubando o lucro líquido pela metade.
A queda no EBITDA ajustado também mostra o tamanho do desafio da companhia: uma contração de 19,3% ano contra ano para US$ 3 bilhões; o impacto da moeda neste número foi de apenas 3,3%.
O faturamento líquido continuou a contrair — uma queda de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, dos quais 2,6% vieram de flutuações cambiais e 0,7% de aquisições e desinvestimentos.
As vendas orgânicas caíram 1,5%, e o tíquete médio da companhia caiu 1,3% sob pressão de descontos no varejo da América do Norte e também pelo repasse de custos de insumo mais baixos.
A Kraft Heinz fez um ajuste contábil no valor do ágio e de ativos intangíveis de algumas de suas operações no valor de US$ 744 milhões. O writedown tem como base “novas estimativas operacionais de cinco anos para várias empresas internacionais [do grupo] que estabelecem expectativas e prioridades revisadas para os próximos anos.”
Além disso, a empresa fez outro writeoff de US$ 474 milhões para reduzir o valor contábil de certos ativos intangíveis, depois de aplicar “uma taxa de desconto mais alta para refletir o risco percebido dos mercados na avaliação da companhia.”
O CEO Miguel Patrício, que mal sentou na cadeira, disse no release acompanhando o resultado: “O nível de declínio que experimentamos no primeiro semestre deste ano não é nada que achemos aceitável seguir adiante. Temos um trabalho significativo à nossa frente para definir nossas prioridades estratégicas e mudar a trajetória de nossos negócios.”