A Localiza acaba de lançar um follow-on de até R$ 4 bi na oferta-base e mais R$ 500 milhões de hot issue.
O objetivo da companhia é acelerar o crescimento e ganhar share num momento em que a Selic está prestes a cair – o que sempre beneficia a companhia na veia.
A oferta precifica dia 26 de junho.
Os coordenadores são Itaú BBA (líder), Bradesco BBI, BTG Pactual, UBS BB, Santander, Bank of America, Safra e XP.
Esta é a primeira oferta da Localiza desde 31 de janeiro de 2019, quando a companhia levantou R$ 1,8 bilhão a R$ 33 por ação. De lá pra cá, seu valor de mercado cresceu 103%.
A ação fechou ontem a R$ 66,64, com a gigante mineira valendo R$ 66 bilhões na Bolsa.
A fusão com a Locamerica/Unidas foi fenomenal para a Localiza. A empresa tem hoje o triplo de carros do segundo colocado, e vai se capitalizar num momento em que a Movida sofre com uma alavancagem mais alta, o que limita seu crescimento.
Os benefícios da escala são o pau do circo do negócio de locação. Tamanho importa. Quanto maior a locadora, maior é o desconto que ela consegue, além de se financiar melhor (dívida mais longa) e conseguir vender melhor (pelo tamanho da rede de revenda). O resto do segredo é operar com eficiência.
A Localiza opera hoje com um retorno sobre o capital investido de 16% – maior do que antes da pandemia – e, com a queda dos juros, a tendência do ROIC é aumentar.
Depois da oferta de hoje, os acionistas de referência – as famílias Resende e Mattar – serão diluídos de 20,4% para 19,2%, e o free float aumentará de 79% para 80,2%.