A Light vai emitir até R$ 1 bilhão em dívida de 10 anos, um passo importante para reduzir seu custo de capital e ampliar o prazo médio de seu passivo, hoje de 2,4 anos.

Santander, Itaú BBA, BTG Pactual e UBS BB serão os coordenadores da debênture incentivada, que é isenta de imposto de renda para a pessoa física. 

Os bancos deram garantia firme a uma taxa menor que operações anteriores feitas pela companhia, mas a taxa final será decidida no bookbuilding.

Depois de levantar R$ 1,37 bi numa oferta de ações em janeiro, o CFO Roberto Barroso mergulhou no liability management, trocando dívida cara por barata.

Em fevereiro, a Light captou R$ 360 milhões em debêntures de quatro anos a CDI + 2,60% e usou os recursos para pagar uma dívida anterior de IPCA + 5,74%.

A companhia também pré-pagou todas as dívidas com o BNDES, que montavam a R$ 300 milhões a um custo médio de IPCA + 5,11%.

O tratamento mais caloroso do mercado veio depois que a Light reforçou sua base de capital e Cemig deixou o quadro societário da empresa, eliminando o ‘prêmio estatal’ exigido pelos credores.

A Light tinha uma dívida líquida de R$ 5,5 bilhões no final de 2020, o equivalente a 1,73x sua geração de caixa.