A BR Partners declarou um dividendo de R$ 85 milhões em seu primeiro ano como empresa listada – o equivalente ao lucro do ano anterior inteiro.
O pagamento de R$ 0,81 por unit equivale a um payout de 61% do resultado de 2021 e é pouco menos do que R$ 88,7 milhões que a empresa lucrou em 2020. A ação fechou o dia a R$ 17,90.
O banco fechou o ano com crescimento em todas as linhas de negócio – com ganhos de 49% e 56% no top e bottom line – e um ROE de 26%.
O banco – que foi para a Bolsa em meados de junho – teve uma receita líquida de R$ 331 milhões e lucro líquido de R$ 138 milhões – 22% acima do consenso dos analistas durante o roadshow do IPO.
No quarto tri, a companhia viu uma desaceleração de suas duas maiores linhas de negócio, em linha com o sentimento de aversão a risco expresso no mercado de equities. Mas desde o IPO, o banco tem dito a analistas e investidores que, dada a volatilidade intrínseca a seu negócio, o retrato do ano oferece a melhor medida do negócio.
Na área de mercado de capitais, a BR Partners começou a ser competitiva no mercado de debêntures incentivadas e CRAs, negócios que exigem garantia firme e demandam balanço, o que só se tornou possível depois do IPO. No ano, o banco coordenou a emissão de R$ 350 milhões em debêntures incentivadas e R$ 250 milhões em CRAs.
Na franquia de investment banking, pela qual o banco é mais conhecido, a BR Partners anunciou sete novas transações no quarto tri e uma em janeiro, um sinal de que o pipeline para 2022 continua robusto a despeito da volatilidade dos mercados.
A BR Partners fechou o dia valendo R$ 1,88 bilhão na B3.